sábado, 2 de fevereiro de 2013

O papel da atividade física na prevenção de doenças crônicas


  
Uma das principais conseqüências do sedentarismo é a obesidade, um crescente problema de saúde publica mundial relacionado ao desenvolvimento de doenças. Além de dificuldades psicossociais e econômicas associadas ao sobrepeso, ela esta presente em aproximadamente 66,3% de adultos americanos e em 51,7% dos adultos do Brasil.

O efeito econômico esta associado à elevada prevalência encontrada e representa um custo anual de US$ 117 bilhões nos tratamentos de saúde.

A obesidade decorre de um desequilíbrio entre as calorias ingeridas e o gasto calórico oriundo de atividades físicas (AF) diárias e viabilizaria a perda e o controle de peso, fatores contribuintes na redução de riscos e agravantes para a saúde.

A acentuação do comportamento sedentário como o tempo total de horas semanais que as pessoas passam sentadas no tempo livre é uma das manifestações desses fatores. Segundo Hallal et al., 41,3% da população mundial gasta 4 horas diárias ou mais sentada.

Em 1950 na Inglaterra foi realizado o primeiro estudo de que se tem conhecimento relacionado ao sedentarismo e saúde. Esse estudo apontou que motoristas de ônibus que permaneciam sentados durante sua jornada de trabalho apresentaram maior incidência de doenças cardíacas quando comparados aos cobradores de ônibus de dois andares que subiam e desciam as escadas para a cobrança dos bilhetes. Ficou demonstrado assim que mesmo a AF de movimentação já é fator preventivo para o desenvolvimento de patologias cardíacas.



Como você prefere ser? A escolha é sua.

AF é definida como qualquer movimento corporal que eleva os gastos calóricos acima dos níveis básicos, porem a AF também é uma das formas de manifestação cultural e social uma vez que há fatores individuais comportamentais e ambientais que influenciam a manifestação dos hábitos de vida.

Diferentes fatores interferem na organização do comportamento dos indivíduos denominados barreiras. São conhecidas como motivos, razões ou desculpas declaradas pelo individuo as quais representam um fator negativo no processo de tomada de decisão podendo interferir diretamente na mudança, adoção e manutenção do comportamento pretendido.

Importante ressaltar a necessidade de desenvolvimento de modelos de intervenção que potencializam a pratica de AF respeitando os estágios de comportamento dos indivíduos e ajudando a transpor as barreiras por eles impostos. Assim, conhecer os fatores determinantes do comportamento pode auxiliar na definição de diferentes estratégias de intervenção que objetivem o desenvolvimento de hábitos e estilos de vida saudáveis.

A AF trás benefícios para a saúde, principalmente relacionados à redução de doenças coronarianos controle de pressão arterial sistêmica, fatores associados ao tabagismo, síndrome metabólica, diabetes mellitus tipo2, câncer de cólon, depressão, melhora das capacidades funcionais, melhora da composição corporal, melhora da capacidade cardio-respiratoria e muscular, melhora cognitiva e principalmente controle da obesidade, o que engloba redução de LDL, colesterol, aumento de HDL colesterol, diminuição de triglicérides e melhora da tolerância a glicose.

Ao adotar um estilo de vida ativo há uma tendência a normatização metabólica principalmente pela estimulação do GLUT-4, aumentando a captação da glicose por mecanismo independente e também a sensibilidade à insulina.

A recomendação de 150minutos semanais leva a benefícios com diminuição dos riscos causados pelo sedentarismo. Portanto, mexa-se.

Ref: Marega e colaboradoes; Educ Contin. Saúde – Einstein 2012; 10(04):191-2


Dra. Fátima Regina Vieira Aversari
Rua Marques de Itu, 306 – Vila Buarque . SP/SP  (11)3337-1970




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