Uma das principais conseqüências do sedentarismo é a
obesidade, um crescente problema de saúde publica mundial relacionado ao
desenvolvimento de doenças. Além de dificuldades psicossociais e econômicas
associadas ao sobrepeso, ela esta presente em aproximadamente 66,3% de adultos
americanos e em 51,7% dos adultos do Brasil.
O efeito econômico esta associado à elevada prevalência
encontrada e representa um custo anual de US$ 117 bilhões nos tratamentos de
saúde.
A obesidade decorre de um desequilíbrio entre as calorias
ingeridas e o gasto calórico oriundo de atividades físicas (AF) diárias e
viabilizaria a perda e o controle de peso, fatores contribuintes na redução de
riscos e agravantes para a saúde.
A acentuação do comportamento sedentário como o tempo total
de horas semanais que as pessoas passam sentadas no tempo livre é uma das
manifestações desses fatores. Segundo Hallal et al., 41,3% da população mundial
gasta 4 horas diárias ou mais sentada.
Em 1950 na Inglaterra foi realizado o primeiro estudo de que
se tem conhecimento relacionado ao sedentarismo e saúde. Esse estudo apontou
que motoristas de ônibus que permaneciam sentados durante sua jornada de
trabalho apresentaram maior incidência de doenças cardíacas quando comparados
aos cobradores de ônibus de dois andares que subiam e desciam as escadas para a
cobrança dos bilhetes. Ficou demonstrado assim que mesmo a AF de movimentação
já é fator preventivo para o desenvolvimento de patologias cardíacas.
Como você prefere ser? A escolha é sua.
AF é definida como qualquer movimento corporal que eleva os
gastos calóricos acima dos níveis básicos, porem a AF também é uma das formas
de manifestação cultural e social uma vez que há fatores individuais
comportamentais e ambientais que influenciam a manifestação dos hábitos de
vida.
Diferentes fatores interferem na organização do
comportamento dos indivíduos denominados barreiras. São conhecidas como
motivos, razões ou desculpas declaradas pelo individuo as quais representam um
fator negativo no processo de tomada de decisão podendo interferir diretamente
na mudança, adoção e manutenção do comportamento pretendido.
Importante ressaltar a necessidade de desenvolvimento de
modelos de intervenção que potencializam a pratica de AF respeitando os
estágios de comportamento dos indivíduos e ajudando a transpor as barreiras por
eles impostos. Assim, conhecer os fatores determinantes do comportamento pode
auxiliar na definição de diferentes estratégias de intervenção que objetivem o
desenvolvimento de hábitos e estilos de vida saudáveis.
A AF trás benefícios para a saúde, principalmente
relacionados à redução de doenças coronarianos controle de pressão arterial
sistêmica, fatores associados ao tabagismo, síndrome metabólica, diabetes
mellitus tipo2, câncer de cólon, depressão, melhora das capacidades funcionais,
melhora da composição corporal, melhora da capacidade cardio-respiratoria e
muscular, melhora cognitiva e principalmente controle da obesidade, o que
engloba redução de LDL, colesterol, aumento de HDL colesterol, diminuição de
triglicérides e melhora da tolerância a glicose.
Ao adotar um estilo de vida ativo há uma tendência a
normatização metabólica principalmente pela estimulação do GLUT-4, aumentando a
captação da glicose por mecanismo independente e também a sensibilidade à
insulina.
A recomendação de 150minutos semanais leva a benefícios com
diminuição dos riscos causados pelo sedentarismo. Portanto, mexa-se.
Ref: Marega e colaboradoes; Educ Contin. Saúde – Einstein 2012;
10(04):191-2
Dra. Fátima Regina Vieira Aversari
Rua Marques de Itu, 306 – Vila Buarque . SP/SP (11)3337-1970
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